RECIFE, IMPUNIDADE, DESCONHECIMENTO E DESCONTROLO (CADERNO DE VIAGENS)
Domingo, 30 de Janeiro, quatro horas e vinte minutos da madrugada, Bairro de Areias, a cerca de 20 km do centro do Recife.
Dormia tranqüilo há muito tempo quando fui brutalmente despertado pela explosão dos alto-falantes de um automóvel particular que estacionara junto do meu prédio, e debitava os ruídos estridentes de uma qualquer banda roufenha. Como nunca se sabe em que estado de corpo e de espírito se encontram os autores de semelhantes actos, resolvi, por precaução, não descer à rua para reclamar o direito ao meu descanso, mas, em vez disso, telefonar para o 12º Batalhão da Polícia Militar, o que zela pelo meu bairro, pedindo a sua intervenção.