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APARAS DE ESCRITA: PUTIN, O VENENOSO

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quinta-feira, novembro 30, 2006

PUTIN, O VENENOSO


À boa maneira estalinista da primeira metade do século XX, Vladimir Putin, o actual presidente da Rússia, parece querer seguir os exemplos daquele seu distante antecessor, neutralizando pelo assassínio político os que se lhe opõem e/ou denunciam as suas acções criminosas.
Putin tem farto conhecimento teórico e prático em matéria de neutralizações. Em 1998 foi nomeado chefe de FSB, os serviços de espionagem e contra-espionagem que herdaram os meios, os processos e as funções do sinistro KGB dos tempos da guerra fria.
Métodos como picadores de gelo, guarda-chuvas lançadores de projécteis ou líquidos, e venenos em chá ou outros alimentos foram usados (e parece que continuam a ser) pela espionagem russa para eliminar os indesejados pelo regime e pelas suas figuras proeminentes.
A uma estação de rádio de Moscovo, o porta-voz do FSB, Sergei Ivanov, nega tudo, dizendo que "desde 1959 o KGB não realiza trabalhos para liquidar fisicamente pessoas desagradáveis à Rússia". Mal fora se dissesse o contrário. No entanto, melhor fora que estivesse calado.
O especialista britânico em serviços russos de segurança, Mark Galeotti, da universidade de Keele, afirma que "o KGB (agência soviética de espionagem) matava no exterior, e há elementos que ainda permanecem na actual rede de espionagem da Rússia. (...) O serviço secreto russo recuperou moral e financeiramente dos problemas decorrentes do fim do comunismo, e voltou a ser muito activo no exterior".
Em 1978, ainda em plena guerra fria, o dissidente búlgaro Georki Markov foi assassinado de dia no centro de Londres pelo KGB, por meio de um guarda-chuva com a ponta envenenada. O dissidente durou três dias.
Em 2002, durante a guerra da Tchetchénia, Samir bin Saleh al-Suwailem, conhecido como comandante Khattab, um dos principais líderes da guerrilha, morreu depois de manusear uma carta contaminada por veneno.
Em 2004, Viktor Yushchenko, o actual presidente da Ucrânia, sofreu um atentado, também por envenenamento, que o desfigurou completamente, quando era candidato à presidência.
Em 2002, a jornalista russa Anna Politkovokaya, do jornal "Novaya Gazeta", foi um dos mediadores entre as autoridades russas e rebeldes separatistas tchetchenos que mantinham reféns num teatro de Moscovo.
Em 2004, envenenaram-na quando ela se dirigia para a escola de Beslan onde mais de 1300 pessoas se encontravam reféns de rebeldes tchetchenos. Sobreviveu.
A jornalista obtivera prémios pelos seus trabalhos, e era conhecida pelas denúncias que fazia sobre os abusos contra os direitos humanos praticados pelas tropas russas na república separatista da Tchetchénia.
Em 2006, o seu corpo foi encontrado crivado de balas num elevador de um prédio de apartamentos em Moscovo.
O último caso conhecido na lista de eliminações foi o do agente do KGB Alexander Litvinenko que, em 2000, desertara e conseguira asilo político no Reino Unido.
Em 1998 ele era um dos principais operacionais da organização, e, quando Putin, o actual presidente russo, foi nesse ano nomeado chefe do FSB, sucedâneo do KGB, pretendeu dar-lhe conhecimento de vários crimes cometidos pela agência de espionagem. Como Putin se recusasse a ouvi-lo, fez, então, denúncias em vários jornais, uma das quais comprometia os serviços secretos russos no esquema para o assassinato do mafioso bilionário Boris Berezovsky, outro alvo de Putin.
O espião perdeu o emprego, foi acusado de corrupção e esteve preso até conseguir escapar para a Grã-Bretanha.
Em 2001 escreveu um livro incómodo para o Kremlin, a sede do governo russo, acusando-o de ter sido o autor de um atentado contra um conjunto de edifícios de apartamentos na capital russa, em 1999, atribuído nessa época aos tchetchenos como pretexto para a segunda guerra na Tchetchénia.
Actualmente, Litvinenko investigava a morte da jornalista assassinada Anna Politkovskaya, tendo recebido dum contacto italiano uma lista com quatro nomes de agentes do FSB que estariam ligados ao assassinato.
Litvinenko morreu há poucos dias, envenenado com um metal pesado e uma substância radioactiva, após o encontro com a sua fonte italiana em Londres.
A tudo isto o Kremlin diz nada ter a ver com o assunto, classificando as acusações que lhe fazem quanto à iniciativa como disparates.
A verdade é que os incómodos para o regime de Moscovo vão morrendo de forma violenta.
Provavelmente escaparão apenas os que se remeterem ao silêncio, e os que provarem, no dia-a-dia, ser uns bons e refinados filhos de Putin.

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