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APARAS DE ESCRITA: NOVAS TECNOLOGIAS

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segunda-feira, março 26, 2007

NOVAS TECNOLOGIAS



Um americano chamado Alvin Toffler que se dedica a pensar e a escrever e publicar o que pensa sobre os vários estádios de civilização por que tem passado o planeta Terra, há mais de 25 anos falava no impacto da "terceira vaga" sobre as sociedades contemporâneas.

Para Alvin Toffler, a "primeira vaga" de transformação do planeta pelos humanos caracterizou-se (e ainda prevalece nalgumas regiões) pela predominância da agricultura na actividade económica. A "segunda vaga", tendo como matriz a industrialização, iniciou-se no período da História chamado "Revolução Industrial" (séc. XVIII). A "terceira vaga" insinua-se, desenvolve-se e conquista terreno desde meados do séc. XX, a partir do incremento da informação, ou, mais adequadamente falando, dos sistemas e processos de tecno-informação.
Na época em que Toffler expõe em livros, pela primeira vez, as suas reflexões (1971, "O Choque do Futuro"; 1980, "A Terceira Vaga"), o muro de Berlim ainda não tinha sido derrubado, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas estava longe de pensar que poderia vir a ser pulverizada, a União Europeia, que não tinha esse nome, vivia dentro de estreitas fronteiras partilhadas por meia dúzia de países, a moeda única na Europa era uma miragem, e a Internet nem sequer existia no vocabulário dos instrumentos de trabalho de biliões de futuros utilizadores.
Muitos dos vaticínios de Toffler se concretizaram. Outros, tudo aponta, estão em vias disso. Mas, como o próprio Toffler reconheceu sem ilusões triunfalistas, o caminho é longo, o processo é lento, e os obstáculos grandes – o maior dos quais é a própria resistência dos defensores da "segunda vaga" que pretendem perpetuar as suas estruturas decadentes, mesmo à custa de uma acentuada e inequívoca perda de qualidade de vida dos cidadãos.
Apesar de tudo isto, as ferramentas de informação multiplicaram-se tão rapidamente em quantidade e qualidade, com todas as vantagens e os inconvenientes para os processos de comunicação, o menor dos quais não será a falta de controlo sobre a eventual utilização perversa dessas ferramentas e sobre a legitimidade de alguns desses mesmos processos, que não custa imaginar, mesmo que não seja verdade, que o presidente Bush, na sua recente visita ao Brasil, transportasse consigo um sofisticado microfone camuflado e/ou uma câmara anã num botão de camisa, por exemplo, transmitindo para uma agência governamental americana as informações que os funcionários brasileiros responsáveis pela produção do etanol combustível e pelo motor a etanol lhe transmitiam, tantas foram as perguntas de carácter técnico que Bush fez, questões que, a esse nível de pormenor e detalhe, não interessam a um presidente.
Espionagem industrial através do presidente visitante? Por que não? E, partindo dos EUA, maiores as razões para perguntar "por que não?".
Mas à parte estas fantasias possíveis, muito da realidade virtual de ontem se tornou hoje uma prática de acesso fácil, imediato e sem segredos, ultrapassando o melhor da imaginação dos melhores escritores de antecipação ou ficção científica (alguns deles renomados homens da Ciência, investigadores ou técnicos, que escrevem sob pseudónimo – et pour cause).
O computador pessoal, tanto o de secretária como o portátil, veio permitir a democratização e a disseminação da informação já prevista por Toffler desde a metade do século passado.
A composição do texto com recorrência a corrector ortográfico, gramática e sinónimos em várias Línguas, a captura e a gestão de imagens, o desenho assistido por computador, a inserção de som em imagens e mensagens, o correio electrónico permitiram saltos quantitativos e qualitativos na informação e na comunicação (coisas distintas).
Alguns dos instrumentos mágicos impensáveis há uma década, são hoje rotinas familiares, amigáveis e indispensáveis, tanto dos webmasters como dos "simplesmente utilizadores".
A principal vitória reside no facto de que, mais do que receber, cada um pode construir e difundir a sua própria informação, sem censuras, por todo o mundo.
É verdade que a qualidade técnica e a quantidade informativa que os novos meios disponibilizam nem sempre acompanham a moral (local) e a ética (universal). Mas isso insere-se naquilo a que poderíamos chamar riscos da democratização do conhecimento – tal como aconteceu com a bomba atómica quando foi possível dominar a fusão do átomo.
Todo o progresso científico e tecnológico tem dois gumes: o do seu aproveitamento em favor da Humanidade, e o do seu aproveitamento pelos que não se reconhecem fazendo parte da Humanidade.
É assim que temas como o racismo, a xenofobia, a pedofilia, a prostituição infantil, o radicalismo nacionalista, o fundamentalismo religioso e cultural, entre outros, se servem dos novos, baratos e impunes canais de comunicação para lançar as suas mensagens poluentes.
Mas se é certo que a tecnologia da informação deu passos largos no percurso do desenvolvimento, não é menos verdade que o discernimento, a capacidade de análise crítica e a consciência moral e ética dos humanos também tem evoluído.
Assim sendo, não há que temer as novas, cada vez mais e cada vez mais novas, tecnologias da informação. Ao contrário, há que utilizá-las sem restrições, auto-censuras, ou complexos de culpa (ou outros), desde que não se abdique do respeito devido àquele a quem se pretende levar a informação e, ante de mais, àquele que pretende informar – que sou eu próprio.

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