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APARAS DE ESCRITA: abril 2006

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sexta-feira, abril 28, 2006

A CULPA É DO SISTEMA [Caderno de Viagens]


"Caiu o sistema".
"Estamos sem sistema".
"O sistema está lento".
"Não consta no sistema".
"Não consta do sistema".
"É o que está no sistema".
"Problemas no sistema".
"Problemas do sistema".
Perante todas estas afirmações-desculpas-justificações com que o cidadão brasileiro, ou que vive no Brasil, é bombardeado e neutralizado todos os dias nas mais diversas situações, parece, de facto, se elas forem verdadeiras, que há um problema de sistema, no sistema e com o sistema.
Mas o que é isso do sistema? Ou melhor, de que sistema se está a falar?
...a crónica ...

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terça-feira, abril 25, 2006

"MEU QUERIDO 25 DE ABRIL"


Se chegar a netos, e algum ou alguns deles, por terem encontrado no meu livro de memórias a minha letra dizendo "meu querido 25 de Abril", me perguntarem quem foi o 25 de Abril em Portugal, não vou estranhar, pois uma aprendizagem cada vez mais deficiente da História, e uma cada vez maior ocultação do que foi alguma História poderão justificar a inocente pergunta.
E em resposta, terei de lhes dizer que o "25 de Abril" foi muita gente, incluindo eu próprio, sentindo-me na obrigação de explicar porquê.
Durante quase 50 anos, quase meio século, a esperança de vida de muita gente nesse tempo do século vinte que vai de 1928 a 1974, 80% da população portuguesa vivia mal, passava dificuldades de vária ordem. Alguns com fome, outros sem abrigo decente. Outros, ainda, numa pobreza envergonhada, mal disfarçada, eram obrigados a pintar aparências para dignificar um estatuto social a que se viam amarrados, às vezes por força da profissão.
Isto tudo acontecia para que os outros 20% da população permanecessem bem alimentados, se apresentassem bem vestidos, se acomodassem bem alojados, andassem bem transportados, e se deliciassem com os seus pequenos ou grandes vícios.
Para isso, era preciso mantê-los bem pagos nos serviços, públicos e/ou privados, de que os outros 80% se serviam (mal) e pagavam (bem).
E durante esse quase meio século, muita gente nasceu, trabalhou e morreu sem outra esperança de vida; e sem ter tido a oportunidade de dizer para toda a gente que isso estava errado, que isso era uma injustiça.
Quem o fizesse seria perseguido. Poderia ser encarcerado para o resto da vida, e torturado no corpo e no espírito. O regime de então detinha o poder e a liberdade, a única concedida, para além da liberdade de cada um se conformar com a sua sorte, de perseguir, deter, prender, deportar, torturar, matar. Se fosse necessário e possível, corromper, também.
Quem o quisesse fazer sem correr estes riscos, teria de abandonar tudo: pais, marido ou mulher, filhos, amigos, estudos, os seus pertences, os seus recantos, as suas referências na terra em que nascera.
Então iria gritar a sua revolta "noutras paragens, entre outros povos", onde a liberdade de cada um fosse reconhecida, mas sem promessa de regresso, porque esperança era coisa arredada da vida de cada um.
O 25 de Abril foi essa gente, essa gente mártir, martirizada, que, em 1974, quis um Portugal diferente, humano, equitativo, mais de todos.
Mas se me perguntarem os meus netos o que foi o "25 de Abril", terei de dizer que foi um sonho muito lindo, de que nós, Portugueses, o povo, fomos rudemente acordados pelos novos carrascos, disfarçados com vestimentas, trejeitos e falinhas adequados à nova situação.
Os carrascos do "25 de Abril" tinham aprendido bem depressa com os outros, os do "24 de Abril", sem que disso nos tivéssemos apercebido, a aplicar velhas receitas com novos ingredientes.
Demasiado tarde nos demos conta de que o que se passou nos dias seguintes configurava um sonho que nem sequer poderia ser uma utopia, porque estava induzido por quem detinha o segredo de adormecer os confiantes.
E assim foi.
No embalo do adormecimento, conseguiram lançar as sementes daquilo em que o país se tornou 32 anos depois: um pedaço de terra mal cuidada, à beira-mar, onde 80%, como antigamente, continuam a pagar para que os outros 20%, como antigamente, permaneçam bem alimentados, se apresentem bem vestidos, se acomodem bem alojados, andem bem transportados, e se deliciem com os seus pequenos ou grandes vícios.
Se os meus netos me perguntarem por que isso aconteceu, terei de dizer, envergonhado, talvez a última vergonha da minha velhice, que as coisas são assim, que a gente não teve culpa, que ninguém dita o futuro, que à vezes não há nada a fazer, sabendo, no entanto, com náusea, que tudo isso é uma mentira.
Sabendo que tudo isso aconteceu porque eu deixei, porque eu, no meu egoísmo, não quis desinstalar-me para dizer "BASTA!" aos novos senhores, mais envergonhado ficarei.
E se os meus netos, mesmo engolindo a mentira, me perguntarem, ainda, onde está o tal jardim florido à beira-mar plantado, eu direi que uma prolongada seca devastou os verdes de esperança, as flores de alegria, os canteiros de felicidade.
E por tudo o que não fiz de bom, ou que deixei fazer de mal, no meu pedaço ibérico, lusitano, não terei coragem para pedir aos meus netos que sejam os novos jardineiros.

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sexta-feira, abril 21, 2006

DIZER MAL, OU MALDIZER? [Caderno de Viagens]


Dizer mal e maldizer não são a mesma coisa. Pelo contrário, opõem-se.
Dizer mal, sempre com prejuízo de alguém, geralmente com o intuito de agradar a terceiros, sobressair no grupo ou desviar a atenção das próprias misérias e mediocridades, é aquilo que em bom Português se designa por refinada sabujice.
Maldizer, relatar factos individuais, sociais ou políticos que não se coadunam com os princípios da Ética, nem com os valores universais, nem com as regras da moral aceite é um direito de cidadania e um dever cívico de toda e qualquer pessoa.
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quarta-feira, abril 19, 2006

NO DIA DO ÍNDIO [Caderno de Viagens]


(...)
Chegou Cabral e aquela gente ficou a chamar-se Índios.
Dos restos dos Índios que ainda há, cinco séculos depois, em 2006, em 16 de Abril, fez-se o dia do Índio no Brasil.
(...)
Estórias, muitas, poucas contadas, algumas apenas segredadas mas não menos reais como esta:
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terça-feira, abril 18, 2006

O CASO PALOCCI, OU O FIM DE UMA ILUSÃO [Especial Brasil]


O impeachment sobre Lula volta à ordem do dia, Lula, o presidente que se diz constantemente atraiçoado. Lula, que vai deixando para trás os destroços de uma governação, restos de companheiros de luta, esperanças frustradas de eleitores, caminhando, sorridente, rumo ao futuro, ao seu futuro, ao futuro que construiu para si em quatro anos de Administração.
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terça-feira, abril 11, 2006

OS SUJOS "COLARINHOS BRANCOS" [Especial Brasil]


Nas próximas eleições, porque o povo tem a memória curta e pouco espírito crítico, vamos ver as mesmas caras sem vergonha, com os mesmos sorrisos de desonestidade, nos mesmos lugares pagos a peso de ouro pelo dinheiro do povão, fazendo as mesmas, ou piores, falcatruas, com a mesma desenvoltura, mas de uma forma mais sofisticada, mais encapotada, mais difícil de descobrir.
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sexta-feira, abril 07, 2006

CHORAM OS PALHAÇOS, MAS NÃO SÓ... [Caderno de Viagens]


O Circo está triste. Morreu o Palhaço.
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quarta-feira, abril 05, 2006

APARAS DE ESCRITA

O tempo medido é uma convenção humana.
Por isso os humanos o trincham e empacotam em modelos diferentes, consoante as utilizações que pretendem dele.
Assim nos é oferecido o calendário civil, o calendário fiscal, o calendário agrícola, o calendário escolar, o calendário litúrgico, e construímos o calendário que começa no dia em que eu nasci, o calendário que termina quando alguém significativo para mim se finou, enfim, calendários para todas as ocasiões e necessidades, calendários simplesmente utilitários, ou carregados de afetos, de sorrisos ou de lágrimas, de alívios ou torturas continuadas, de encantos ou mágoas.
Seja qual for o seu utilizador, logo, o seu objectivo, o calendário é uma tabela de referências, de marcos e marcas na vida das pessoas e/ou das instituições. Da pessoa como indivíduo e como membro de um grupo. Da instituição como pessoa colectiva e grupo de intervenção social.
À abundância de calendários por esse mundo fora, veio juntar-se mais um, no dia 5 de Abril.
Pequenino, tímido, modesto, novíssimo de um ano só, o calendário do "Aparas de Escrita" saúda os seus leitores.
Se não fossem eles, é preciso reconhecer o penhor do agradecimento, o "Aparas de Escrita" não teria caminhado, mesmo aos tombos, durante um ano.
Quantas vezes a dúvida emperrou a escrita. Quantas vezes o desejo de um ponto final foi mais forte do que o alvoroço de um novo texto a construir. Quantas vezes o cansaço tentou desvirtuar a relação de valores entre o esforço e o resultado.
Foi a benévola persistência dos leitores, dia-a-dia, muitos ou poucos, mas todos os dias, estimulantemente em grande número, ou confrangedoramente escassos, mas igualmente merecedores, mesmo que um só, do respeito pelo compromisso, que empurrou a nau para a lida nos terríveis vagalhões do papel em branco.
A par disso, vozes amigas, numa quase provocação, animaram e estimularam para que enfrentasse o desafio.
Minha mulher é uma fã suspeita. Mesmo assim, os seus empurrões têm de ser mencionados também.
Aos poucos e aos muitos que leram o "Aparas de Escrita" ao longo deste primeiro ano, é devido, pois, um obrigado sentido pela companhia, pelos comentários que expressaram, e por terem tantas vezes voltado, mesmo sabendo que, por certo, iriam encontrar só isso mesmo - aparas de escrita.

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terça-feira, abril 04, 2006

O COCÓ DOS BEUBÉUS [Caderno de Viagens]


Nas cidades civilizadas, os cidadãos passeiam os seus cachorros munidos de sacos de plástico para recolherem os dejectos dos animais. Em muitas delas, já existem, até, caixotes de lixo próprios para esse fim, com sacos à disposição dos utilizadores.
No Recife não é bem assim.
...a crónica ...

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