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APARAS DE ESCRITA: junho 2005

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terça-feira, junho 28, 2005

A DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS NO BRASIL E OUTROS DESAFOROS (CADERNO DE VIAGENS)

O Brasil tem 98.000 milionários, ou seja, 98 mil cidadãos com mais de um milhão de dólares investidos em acções, títulos, fundos e depósitos à vista e investimentos não declarados. A residência primária, mesmo que sumptuosa, não é considerada para esse cômputo. (...)
Estará o Brasil mais rico, esse Brasil do povão, como aqui se diz? Estará o governo Lula da Silva de parabéns?
...a crónica ...

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domingo, junho 26, 2005

A RESPONSABILIDADE DA INFORMAÇÃO (CADERNO DE VIAGENS)


Depois da tempestade a bonança. A bonança e as histórias que há sempre para contar por aqueles que, de forma mais exposta ou mais recatada, viveram as tormentas mas resistiram. (...)
Aconteceu num desses medonhos fins de tarde de Junho, noite negra antecipada, em que as ruas tinham caudal de riacho avantajado e as praças mais pareciam lagos. Os automóveis progrediam a uma velocidade próxima do nada e abriam sulcos ondulados semelhantes a lanchas a motor. O meu vizinho chegou a casa mais tarde.
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quarta-feira, junho 22, 2005

O PANTANAL DA POLÍTICA À BRASILEIRA (CADERNO DE VIAGENS)


No Brasil, a corrupção, o compadrio, o favoritismo e o proteccionismo familiar borbulham e fedem como num grande pântano de matérias em decomposição, e os mais destacados habitantes desse pântano são os políticos.
Por outro lado, a intrincada rede de relações pessoais e factuais que a prática política aqui engendra implica que uma ocorrência num qualquer ponto da teia desenrole um efeito de cascata transmissível a toda a estrutura.
É o caso da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios brasileiros, objecto de uma crónica publicada no "aparas de escrita" em 27 de Maio deste ano, sob o título "Corrupção nos Correios brasileiros. Só aí?".
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domingo, junho 19, 2005

O RESPEITO DEVIDO A VASCO GONÇALVES, ÁLVARO CUNHAL E EUGÉNIO DE ANDRADE (CADERNO DE VIAGENS)


Num intervalo recente de poucos dias, faleceram três destacadas figuras da vida portuguesa.
Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal, políticos, e Eugénio de Andrade, poeta, passaram a fazer parte da memória perpétua da História, duma História que não se restringe ao rectângulo ibérico de Portugal.

(...)
Por isso, senti vergonha quando numa página da Internet que se diz ponto de encontro de Portugueses no mundo (quais portugueses, que portugueses?), li as considerações que alguns concidadãos meus teciam em relação às duas primeiras figuras.
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quinta-feira, junho 16, 2005

"ARRASTÃO" EM PORTUGAL (CADERNO DE VIAGENS)

Um "arrastão" gigantesco marcou o 10 de Junho, dia das comemorações de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Carcavelos, uma das mais frequentadas praias do litoral próximo de Lisboa, na cosmopolita linha de Cascais, foi o palco para o maior roubo colectivo de que há memória.
Entre 500 e 2000 jovens (os números variam consoante as testemunhas), num bando fragmentado com um único comando ou em vários bandos autónomos, não se percebeu bem, atacaram os banhistas que enchiam a praia nessa tarde, roubando tudo o que podiam e agredindo quem opunha resistência.

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segunda-feira, junho 13, 2005

NEM A DESGRAÇA É DE GRAÇA (CADERNO DE VIAGENS)

Quando personagens da política se aproveitam da desgraça alheia para tentar conquistar a prazo alguns votos, sejam muitos, sejam poucos, estão a fazer baixa política e de políticos, na verdadeira e nobre acepção do termo, nada têm. Deveria, em rigor, chamá-los de outra coisa para que não ficasse manchada a ideia de serviço que é suposto impregnar toda a actividade política.
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sábado, junho 11, 2005

DIA DOS NAMORADOS (CADERNO DE VIAGENS)

O namoro é tão antigo quanto o aparecimento do ser humano no planeta.
O Dia dos Namorados é tão recente quanto o aparecimento do marketing na economia de mercado.
Do ponto de vista dos negócios, (...)
Do ponto de vista romântico, afectivo, humano, enfim,
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sexta-feira, junho 10, 2005

COMEMORAR O QUÊ? (CADERNO DE VIAGENS)

Hoje Portugal está em festa, um pouco por todo o mundo, o mundo donde ele partiu há seis séculos, o mundo aonde foi chegando desde há seis séculos, o mundo que continua descobrindo, numa diáspora que parece não ter fim.
Uma diáspora não tanto por gosto, mais a contragosto, por imposição. A sorte madrasta de que tanto se tem falado ao longo da sua História, mais não terá sido, até aos dias de hoje, do que fome e outras necessidades básicas não satisfeitas.
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quarta-feira, junho 08, 2005

PISCADELA DE OLHO, OU COLETE DE SALVAÇÃO? (CADERNO DE VIAGENS)

Em política nem tudo o que parece é, e há coisas que ontem não parecia virem a tornar-se no que hoje são. Portanto, não concordo com a afirmação frequente de que em política tudo o que parece é, e muito menos quando o que é pode parecer várias coisas, com tendência para convergirem num ponto, ou divergindo dele.
Por isso, as recentes declarações do Partido Comunista do Brasil (PC do B) devem ser apreciadas com algum cuidado crítico.
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domingo, junho 05, 2005

A VERGONHA TAMBÉM SE APRENDE

"Que falta de vergonha!" - é o comentário que ouvimos ao nosso vizinho quando algum político que acaba de ser indiciado por roubo de dinheiros públicos aparece na televisão envolto numa aura de sorrisos e acenos inocentes.
"Tenha vergonha!" - é o que dizemos quando o mesmo político, depois de provado o crime, afirma convicto que tudo não passa de uma tramóia da oposição.
Parece, pois, que a vergonha é qualquer coisa que pode estar em déficit ou em ausência absoluta num cidadão, mas que é possível, e mesmo aconselhável, ter em quantidade certa para os gastos diários. Ou seja, permite ser adquirida, utilizada, dosada, esquecida, gasta, perdida, enfim, trabalhada.
Como não está à venda em bazares, apesar de nos bazares se encontrar de quase tudo, aonde ir procurá-la?
As vergonhas enraizadas em factos irreversíveis, um defeito físico, ou socialmente irrelevantes para a maioria dos observadores, como a altura, ou, ainda, modificáveis pelo treino perseverante, um defeito de dicção, por exemplo, as tais vergonhas que são uma vergonha uma pessoa ter, como se diz em crónica anterior, são aprendidas, ou incutidas, o que vem a dar no mesmo, em diferentes fases da vida.
Quando se recorre ao psicólogo para dirimir o mal-estar resultante dessas vergonhas, ou das dificuldades no relacionamento que essas vergonhas causam, o que se lhe pede é que nos faça desaprender esses comportamentos e aprender e automatizar outros em sua substituição (criar hábitos, afinal), na prática de todos os dias. A vergonha de ser magro pode tornar-se no brio da elegância, um estrabismo pode ser ofuscado pelo dom da palavra ou o senso de humor.
Porém, curiosamente, não há notícia de que alguém tenha recorrido ao psicólogo, ou a outra fonte similar, mais ou menos similar, para "aprender vergonha", talvez, em parte, pela vergonhasinha de declarar, mesmo em segredo de clínica, "eu não tenho vergonha nenhuma". Para além disso, e principalmente por isso, porque também não há notícia de que a falta de vergonha causasse qualquer transtorno ou constrangimento ao próprio - são sempre terceiros a sofrer as consequências dessa falta. Não é em vão que um velho ditado português diz que "de quem não tem vergonha toda a Terra é sua". Na verdade, o desavergonhado passeia-se pelo mundo, desenvolto, descarado e impudico, sem sentir necessidade de um buraco para esconder as suas torpezas.
A vergonha, como componente ética de uma pessoa, de uma família, de um organismo ou de uma nação, é um legado. Como tal, tem canais próprios de aprendizagem.
É verdade que aprendemos uns com os outros na interacção social, mas certos atributos da personalidade são mais facilmente aprendidos em sede própria por serem essas sedes modelos de cópia providos de um estatuto especial. Estão neste caso a mãe, o professor, o chefe e o governante, todos eles, à sua escala, líderes de grupos, e no pressuposto óbvio de que comportam em si e são capazes de transmitir os valores agregados ao conceito de vergonha.
A mãe é, geralmente, a pessoa que, na família, mais tempo dedica aos filhos e que, por isso mesmo, durante mais tempo inculca nos filhos normas, regras e referências. Não será alheio a isso o tempo de nove meses que disponibilizou da sua vida para a gravidez. Apesar de toda a sobrecarga de trabalho, no lar e fora dele, é o elemento que mais livre tem de estar, ou de se mostrar, para o seu agregado, por exigência dele mesmo, embora essa exigência possa ser sub-reptícia. A missão complexa de principal administradora dos afectos na família dá-lhe o carisma de um líder, sem título mas com autoridade.
Na escola, o professor é um chefe indiscutível de um grupo com características especiais, e deveria ser não só um chefe como um líder. Para além da sua função específica de ensinar a aprender e de fornecer informação, tem ainda a missão, muitas vezes esquecida, de incutir normas, regras e referências em complemento da família e cooperando com ela neste aspecto.
O chefe, seja qual for o grupo, militar, religioso, profissional, sindical, desportivo, recreativo, transmite normas, regras e referências específicas do grupo que deve liderar.
Quanto ao governante, chefe dum executivo político-administrativo de cujas acções decorrem consequências que afectam a vida de todos os cidadãos, espera-se que ele verta, ao longo da sua governação, normas, regras e referências.
Entendo serem estes os principais canais que, na sua prática diária, devem, como modelos, proporcionar a aprendizagem da vergonha, vertente moral do relacionamento humano.
Da consulta das estatísticas demográficas, posso deduzir que mães há muitas, uma vez que somo 6 milhares de milhões de habitantes no planeta.
Pelas notícias verifico que há tantos professores que alguns milhões se encontram no desemprego em todo o mundo.
A avaliar por religiões, batalhões, profissões e recreações que constam das enciclopédias, de chefias não há carência.
Finalmente, de dois em dois anos, e considerando apenas o país em que vivo, fico a saber que de governantes nunca havemos de ter falta.
Permito-me, pois, concluir que se não faltam canais para a aprendizagem da vergonha, a manifesta falta de vergonha que se verifica em todos os planos e sectores terá de residir na adequação de alguns desses mesmos canais à sua função de transmissores dos valores que devem integrar a sociedade e servir de suporte ao relacionamento, privado e público.
Então, se isto for verdade, torna-se necessário e urgente relembrar a esses canais que a vergonha também se aprende.

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quinta-feira, junho 02, 2005

POR FAVOR, NÃO CHAMEM A POLÍCIA (CADERNO DE VIAGENS)


Os três diários do Recife apresentam hoje as seguintes manchetes, respectivamente:
"Presos suspeitos de clonar 2000 celulares" (ditos telemóveis, em Portugal).
"Ministério Público pede prisão de ex-prefeitos" (Presidentes de Câmara Municipal).
"Bebê de cinco meses é enterrado em casa".
O Recife igual a si mesmo: crime e falcatrua a não oferecerem espaço para outras opções na imprensa matutina.
Nesta linha, se outro jornal houvesse, deveria trazer em parangonas: "Continuam à solta os assassinos do bairro do Cabanga". O que é isso?
...a crónica...

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quarta-feira, junho 01, 2005

DEIXAR CAIR AS VERGONHAS

Há vergonhas que é uma vergonha uma pessoa ter. Ora, isto traduz-se numa vergonha acrescida, já que, para além das vergonhas hospedadas, ainda há a vergonha de as hospedar.
Vergonha da calva, ou de possuir uma farta cabeleira ruivo-cenoura; vergonha de ser baixo, ou, pelo contrário, de se assemelhar a um jogador de basquete americano; vergonha de ter um olho de cada cor, ou de fitar os outros com estrabismo divergente; vergonha de parecer um esqueleto mal coberto de pele, ou uma esfera grande com outra mais pequena acoplada; vergonha de ser desengonçado, ou de caminhar como um fuso; vergonha da marreca, ou da perna mais curta; vergonha de gaguejar, ou da fala "dopinha de mada"; vergonha, enfim, de ser diferente.
Mas diferente de quê? Diferente do que é normal, e o primeiro erro está aí, porque ninguém é "normal", ninguém pertence a um quadro estatístico normal. Todos somos diferentes, únicos, logo, "a-normais". O segundo erro, que provém desta obsessão de não ser discordante de um modelo inexistente, consiste no esquecimento dramático das qualidades, capacidades e virtudes que nos tornam ainda mais genuinamente indivíduos e nos colocam numa situação vantajosa para servir os outros.
Também destas fraquezas se alimentam os consultórios dos psicólogos e outros profissionais que lidam com o comportamento, a par de disfunções pesadas e, essas sim, preocupantes. Mas porquê? Porque cada um tem direito a ser ainda mais feliz do que consegue imaginar, e essas pequenas-grandes vergonhas tornam-se um obstáculo à consecução dessa felicidade. Vai-se pedir ajuda, então, a quem diz saber destas coisas. Apresentam-se queixas de dificuldade de relacionamento. Não as queixas da timidez. A timidez é uma dificuldade de iniciar a relação. Estas vergonhas espelham-se na dificuldade de estar na relação.
Quando eu começo esta crónica dizendo que há vergonhas que são uma vergonha para quem as tem, quero dizer que elas aparentemente, mas só aparentemente, eu sei, não têm sentido, porque ou são estados consumados, irreversíveis, ou são modificáveis pelo desejo e/ou o esforço do próprio. Mas reconheço que têm todo o sentido, na medida em que fazem sofrer quem delas se quer ver livre.
Pondo de lado as vergonhas específicas de certas épocas da vida (as crianças, os adolescentes, os velhos têm as suas vergonhas próprias que nascem morrem e nascem em ciclos de vida), as vergonhas atípicas da idade, mais ou menos estabelecidas, podem ser manobradas, daí a recorrência ao psicólogo. Ele fará incidir a sua actuação nas causas das vergonhas, tentando decompô-las, desmistificá-las e diluí-las no conjunto do comportamento, para, assim, fazer sumir o mal-estar que motiva a queixa.
Talvez a maioria das técnicas utilizadas seja uma questão de bom senso, o que, muitas vezes, pouco existe em quem apresenta determinado tipo de sintomatologias. A receita é simples. A dificuldade pode estar em pô-la em prática, donde a necessidade do apoio externo.
Se há aspectos do meu estar e do meu ser que me envergonham e, portanto, me incomodam, vou aplicar o meu trabalho a modificá-los. Se esses aspectos são absolutamente irreversíveis, terei, então, de aprender a viver com eles. Alguns poderão ser, quem sabe?, valorizados.
Perder vergonhas é, pois, não só saudável, como indispensável para um equilíbrio integral da vida. Quem tem vergonhas, que as deixe ficar pelo caminho como inutilidades. Que se percam as vergonhas, todas.
Todas excepto uma: a vergonha. Essa que nos alerta quando o ético social, o deontológico, o respeito pelo alheio e por nós próprios é beliscado. Essa, claro, deve permanecer connosco. Se assim não for, corremos o risco de formar uma sociedade de grandes desavergonhados, ridiculamente preocupados com pequeninas vergonhas.

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