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APARAS DE ESCRITA: abril 2005

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quinta-feira, abril 28, 2005

MORTE DE CRIANÇAS POR NEGLIGÊNCIA HOSPITALAR (CADERNO DE VIAGENS)

Morreu uma criança. Outra. Mais uma. É o terceiro caso de que tomo conhecimento, em menos de 1 mês, de morte de crianças por negligência clínica na urgência de pediatria de um mesmo hospital público do Recife.
Três casos, três crianças, três mortes evitáveis.
Três mortes evitáveis se tivessem sido providenciados a tempo, com determinação e competência, os cuidados imediatos que as respectivas situações exigiam.
´...a crónica ...

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quarta-feira, abril 20, 2005

CRÓNICA PARA UMA ELEIÇÃO ANUNCIADA

Aconteceu o que os jornais recentes da maioria do planeta, alguns apoiados em opiniões de vaticanologistas, deixavam transparecer - e alguns garantiam - como tendo a maior probabilidade de ocorrência. Ao mesmo tempo aconteceu o que temiam os sectores mais progressistas da Igreja - Católica e não só: ao reaccionário Karol Wojtyla sucedeu o ultra reaccionárío Joseph Ratzinger.
A verdadeira Igreja de Deus não ganha com a escolha; o Concílio Vaticano II sai ainda mais enfraquecido; os Cristãos encontram razões para ficar divididos e motivos de apreensão quanto ao futuro do ecumenismo.
Afinal, ganha e fica fortalecida a empresa Vaticano, SA, como lhe chama o jornalista inglês David Yallop no seu livro "Em Nome de Deus".
Yallop analisa aí em pormenor a morte de Albino Luciani, que ficou na História como João Paulo I, e cujo pontificado durou pouco mais de um mês, vítima que foi de envenenamento badalado pela imprensa mundial e nunca desmentido de forma convincente pelos senhores do Vaticano.
Se João Paulo I, antecessor de João Paulo II, tivesse prosseguido o seu papado, que, aliás, não queria, a Igreja Católica de hoje e, porventura, toda a Igreja Cristã poderia ser substancialmente diferente, mais consentânea com a realidade do mundo em que se insere, sem, no entanto, ter tido necessidade de abjurar princípios fundamentais do Cristianismo.
Mais do que isso, se João Paulo I tivesse prosseguido o seu papado, teriam sido afastadas do Vaticano bastantes figuras implicadas em corrupção e outras versões de imoralidade, já de si repreensíveis em simples leigos, quanto mais em gente da Igreja. Cody, o cardeal de Chicago, comprometido com a extrema direita da política americana, e o Cardeal Marcinkus, ex-presidente do Banco do Vaticano, envolvido com a Máfia num dos maiores escândalos financeiros do século XX que levou à falência do Banco Ambrosiano, são apenas duas dessas figuras do cortejo longo de indesejáveis. Na pessoa de João Paulo II todos eles encontraram apoio e protecção. Com a pessoa de Bento XVI todos eles vão continuar incólumes perante a justiça civil (já que a religiosa tem visão selectiva).
O cardeal Ratzinger, decano do Colégio dos Cardeais, foi o mais directo colaborador de João Paulo II, seu confidente e substituto quando a doença se intensificou. Dele pode dizer-se com toda a propriedade que sempre foi mais papista que o papa.
Enquanto Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, um órgão do Vaticano descendente da Inquisição e cuja função é "defender os pontos da tradição cristã que parecem estar em perigo por causa das novas e inaceitáveis doutrinas", publicou no ano 2000 um documento chamado "Domine Jesus" em que declarava que "somente a Igreja Católica possibilita a salvação eterna". Assim mesmo, sem constrangimentos. Os constrangimentos vieram das outras Igrejas. Sobre tal afirmação, o teólogo Hans Kunig, que fora seu colega como professor da universidade alemã de Tubingen, disse que "a declaração do ex-Santo Ofício (Inquisição) é uma mescla de atraso medieval e mania da grandeza".
Vetou, vetou e vetou, entre muitas outras coisas e sempre com o beneplácito de João Paulo II: a Teologia da Libertação, pelos pobres e pela reforma agrária, nascida na América Latina nos anos 60; o acesso ao sacerdócio das mulheres; o casamento entre homossexuais; o casamento dos padres; o sacramento da comunhão dado aos divorciados; a clonagem humana; o uso do preservativo; a música rock; a entrada da Turquia na União Europeia.
Logo a seguir à morte de João Paulo II falou-se, para entreter e criar notícia, na possibilidade de eleger um papa de África ou da América Latina; adiantou-se o nome de um nigeriano e de um brasileiro, respectivamente. Vários países fizeram a sua promoção doméstica, em particular na América do Sul. Só quem esteve desatento ou não percebeu o que foi o reinado de João Paulo II poderia acreditar em tal. O Vaticano não quer uma igreja dos pobres, uma igreja que crie algum contencioso, por menor que seja, com os financeiros, os industriais, os grandes proprietários de terras.
O Vaticano, enquanto dá "bons conselhos" às nações ricas e pede paciência e oração às nações pobres, pisca o olho ao capital. Se acreditarmos que são principalmente os pobres quem o sustenta, percebe-se que será mais lucrativo ser sustentado pelos menos pobres e remediados do que pelos miseráveis. É por isso que a escolha do cardeal alemão não foi um acaso e muito menos uma inspiração: resultou de uma decisão estratégica bem definida, apoiada numa simples constatação aritmética - nos últimos anos, mais de 2 milhões de alemães, descontentes com a doutrina de Roma, deixaram de frequentar a sua igreja católica, ou, em termos mais prosaicos, mais de 2 milhões de cidadãos com bom poder de compra, incomensuravelmente maior do que os de África e América do Sul, deixaram de pagar.
A igreja de Cristo, aqueles mais pobres e mais desfavorecidos por quem Jesus se interessou em particular, esses continuarão com a sua fé, a sua presença e os seus magros recursos a alimentar o fausto de uma igreja voltada para os negócios terrenos (leia-se fortunas), que propõe para os problemas terrenos soluções desligadas da realidade dos nossos novos tempos, e insistindo na manutenção de doutrinas assentes em dogmas decretados por homens que viveram há muitos séculos atrás, de acordo com as necessidades da igreja dessa época.
É claro que Cristo nada tem a ver com a instituição que, abusivamente, usa o seu nome; e Deus, na sua sabedoria de Espírito Santo, por certo não interfere com os planos dos homens, e muito menos em assuntos papais.

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terça-feira, abril 19, 2005

RECIFE DENUNCIA OUTRA FORMA DE VIOLÊNCIA (CADERNO DE VIAGENS)

Nunca é demais falar da violência no Recife, com grande pesar e medo de quem aqui vive. Se outras razões não houvesse, bastaria atentar nas manchetes dos jornais e nas notícias de abertura dos noticiários das rádios e das TV?s: salvo raras excepções por motivos de peso ? de que a morte do Papa foi um exemplo típico ? elas alimentam-se do roubo, do assalto, do espancamento, do rapto, da violação, do homicídio.
Mas, para além destas formas ostensivas de violência que atingem sem dó nem piedade tanto os residentes na cidade como os forasteiros, nacionais ou de outros países, visitantes ou trabalhadores de passagem, um outro tipo de violência, descarado ou subtilmente encoberto, faz sentir os seus efeitos na maioria da população, seja directamente, seja por efeito colateral, abrindo caminho à eclosão das formas de violência manifesta referidas acima.
...a crónica ...

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quinta-feira, abril 07, 2005

OS MENINOS DAS RUAS DO RECIFE (CADERNO DE VIAGENS)

Sete horas da manhã. Dia pleno. O calor ameaça já o sufoco que será no resto da jornada.
Bairro da Boa Viagem, um dos bairros distintos da cidade, onde o poder de compre ocupa os inúmeros e imensos blocos de apartamentos de betão à beira mar, ou próximo. O alinhado do conjunto residencial e dos seus elementos contrasta com o descaso e a decadência generalizados nos bairros limítrofes. Numa coisa, porém, são idênticos: nos seus meninos da rua.
Sete horas da manhã. Num cruzamento de trânsito intenso, a bordejar um dos muitos canais que irrigam a cidade, perto de três dos mais caros colégios da capital, à hora do começo das aulas, dúzia e meia de meninos da rua fervilha na esquina, fala alto, simula luta e cheira cola ? cola de sapateiro cuja compra lhes está interdita - derramada em pequenas garrafas de plástico que contiveram refrigerante.
...a crónica ...

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